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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

sábado, 30 de junho de 2007

Um cantinho encantado.

Num cantinho qualquer,
guardo coisas simples, sem muito valor
mas que possuem minhas digitais,
minha energia, meu calor

Num cantinho encantado,
me esconderia da vida, da realidade
que me sufoca e que destrói
qualquer sinal de sanidade

Quem me dera eu achasse
esse cantinho especial, com poderes mágicos
que me ajudasse a criar asas
e fugir dos fatos trágicos

A esperança que há tempos já morreu
para as demais situações da vida
insiste em aguardar, moribunda,
por essa que seria a única saída.



Claudia Fernandes.



30 de junho de 2007.

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