Ele fez o que sempre quis
Tirou a roupa no seu altar
Entretanto não estava feliz
Queria toda revolta mostrar
Essa nudez não será castigada
Uma vez feita por pura emoção
De repente, um estalo e mais nada
De repente, adeus à tosca razão
Ali, no seu mundinho todo singular
Amarras e controles não mais existem
Só uma sensação que parece libertar
As dores que em seu peito ainda resistem
O que ele sente quando canta
A nada em sua vida se compara
Por ser autêntico, ele encanta
Com loucas viagens, e de cara
Na noite seguinte, volta ao que tem
O velho quarto, as velhas manias
Olha para os lados, pensa em alguém
É hora de praticar as suas fantasias.
Claudia Fernandes
7 de julho de 2007