Sentado à beira do mar, ele já não esquece
De como viveu bem, e de como foi amado
Olhando fixamente a maré que sobe e desce
Agradece os anos em que na terra tinha estado
Estava agradecido, porém estava infeliz
Descobriu que não viveria como costumava
Sabia que sua saúde estava fraca, por um triz
A quase certeza da imortalidade enfim acabava
A vida sempre insiste em surpreender a todos
Para uma pessoa morrer basta que esteja viva
Ele agora começou a ficar mais conformado
Apostará numa vida alegre, e mais ativa.
Depois que saiu da praia e deixou o mar
Sentiu aquela indescritível tranqüilidade
Chegou em casa, olhou com amor o lar
Deitou, e em paz, partiu para a eternidade
Claudia Fernandes
8 de junho de 2007