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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

terça-feira, 19 de junho de 2007

Meras questões

Para que tanta fartura?
Para que tanta avareza?
Se há tanta gente dura
E nada de comer na mesa

Para que tanto dinheiro?
Para que tanta ganância?
Se só quem rouba primeiro
pode viver com elegância

Para que tanto ódio?
Para que tanta intolerância?
Se a guerra é só um episódio
da eterna e triste ignorância

Para que tanta pobreza?
Para que tanta fome?
Se riqueza tivesse um nome
este deveria ser natureza

Por que não um justo equilíbrio?
Por que não a tão desejada paz?
Por que alimentar a miséria anos a fio?
Por que incentivar uma guerra ineficaz?


Claudia Fernandes



19 de junho de 2007

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