Durante um longo período
nutri, cultivei e adubei
a bela flor da esperança
lá bem no fundo do peito
achava que haveria jeito
Era crédulo sobre a flor
antes meio fraca, frágil
parecia que já florescia
brava, selvagem e segura
crescia em fé, em altura
Depois de todo sacrifício
de ver algo crescer sadio
observar uma erva daninha
dominar e atacar sem medo
sem cerimônia nem segredo
É, para ele, decepcionante
e aquela esperança em flor
se perde por causa de algo
perpetrado por sentimentos
chulos, glórias e lamentos
Hoje, a flor da esperança
após inúmeros ataques vis
está murcha e quase morta
O homem, se era confiante
tornou-se o vazio andante
Este coitado perdeu toda sua esperança
que morreu, de maneira triste e fatídica
ela deixou o ente sozinho, desamparado
Se a esperança é sempre a última a morrer
O que ele poderá, agora, de eficiente fazer?
Claudia Fernandes
15 de junho de 2007