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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Intensa.

Uma palavra me define precisamente:
Intensa.
Para o bem e para o mal.

Intensidade é a condição sine qua non de sobrevivência para todas as relações que me cercam.
Sou intensa falando, escrevendo, pensando, sou intensa concordando, mas principalmente discordando.
Sou intensa na defesa dos mais fracos, sem voz. Sou intensa no ataque contra injustiças cotidianas.
Sou intensa quando compro brigas alheias que não deveriam me afetar, mas que me afetam pela injustiça envolvida.
Sou intensa amando, intensa vivendo, intensa sendo, ou desistindo de ser.
Quando percebo, de repente,
que essa intensidade está diminuindo, se esvaindo do meu corpo, fico muito preocupada.
Preocupo-me por me sentir como uma flor murchando, uma maré secando, um sol se pondo, seria a morte chegando?
Talvez. Quem pode saber?
Fico fraca. Tudo desintensifica. E dessa forma, vou me desconhecendo, me perdendo de mim mesma.
Mas basta uma desculpa para que o repositório de intensidade comece a encher.
A flor se abre em pétalas, a maré começa a desabar na praia, o sol nasce de novo e a força pulsante da vida me chama para vivê-la.
Com toda intensidade.
Ou não teria a menor graça...
Para mim, é claro!


Claudia Pinelli Fernandes.


Em 16 de julho de 2016.

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