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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

domingo, 30 de março de 2008

Você já viu o amor?

Você já viu o amor?
Pergunto isso porque eu
particularmente nunca tinha visto esse senhor


Afinal será que o amor é algo para se ver?
Creio que não seria o caso.
Ou pelo menos nada me levava a crer


Também não me refiro a esse amor carnal
apaixonado, dos amantes calientes
porém, frágil, superficial
nem dos falsos amigos que te "amam"
somente nas festas, na alegria
mas quando você derrama lágrimas correntes
percebe que aquela amizade era uma tênue fantasia


Você só verá o amor nas pessoas que te cercam
na dor, na doença,
no desespero, na sombra
na total falta de crença
pois há doenças que para encarar com paciência
seria quase impossível
mas se há amor, a calma vem, assim como a clemência

Estou passando por uma fase de provação, real
mas o que estou podendo ver é amor
amor puro e incondicional
nenhum sentimento velado
Mãe, marido e meus três irmãos.
Sempre ao meu lado.


A visão do amor.



Claudia Fernandes




30 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

Menos do mesmo...

Mais um sol igual
Mais um céu igual
Mais um dia igual

E assim vai durante todo o meu tempo.

Mais uma tarde igual
Mais um pôr-do-sol igual
E para finalizar, mais uma noite exatamente igual

E assim que chega a noite, me pergunto:
Por que será que meus dias têm sido
todos tão igualmente sofridos,
nâo diria depressivos,
mas ansiosos,
tensos
e por sempre e de repente me sentir cheia de medo e de pânico,
estes dias parecem tediosos,
insignificantes,
incapacitantes
numa eterna espera de crises
frustrantes
que nos faz invisíveis
e dessa forma,
tornando todas as suas belezas completamente imperceptíveis?

A quem interessar possa, não tenho resposta para minha própria pergunta,
mas estou lutando com todas as minhas armas contra esse cinza existencial,
que insiste em me aprisionar,
mas não vai,
pois essa é minha única certeza.



Claudia Fernandes



20 de março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Uma pausa para levar minha mente caótica para passear...

A escuridão edificante

Talvez uma grande escuridão
tem o propósito de preparar nossos olhos
para a luz que está por acontecer.
Depois da tempestade, vem a bonança,
creio que é o que algumas pessoas têm a dizer.
Um ser às profundezas dos infernos, sozinho, desceu.
E após uma temporada de trevas,
vislumbrou luzes em seu caminho, enfim, digo eu.



Claudia Fernandes



10 de março de 2008

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