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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

domingo, 17 de abril de 2011

Pathway to the darkness...

I was so quiet at home,
in my bed precisely
thinking to myself,
scanning my deepest and darkest thoughts
but something has pushed me away to the road.

Not a simple and commom road,
a misterious road instead
like a tortuous and indecipherable life
that leads me to a place I didn't want to be,
but I feel I am about to come.

Take me out of here, please...
Don't let me follow that patway to the darkness.
I need some light.
Could you show me another way?
A brighter and lighter one?
Please...




Claudia Pinelli.


17 de abril de 2011.

sábado, 16 de abril de 2011

A névoa e eu...

Caminhava solitária por uma rua deserta e escura...

Na verdade, nem estava tão só, pois a vegetação fechada e uma névoa densa me acompanhavam aonde quer que eu fosse.

Se eu tinha medo? Não.

Curioso, pois tenho medo de algumas coisas, por exemplo de andar sozinha em ruas escuras e desertas, mas nesse dia, me sentia forte, destemida, nem sei bem o motivo.

Talvez pela paisagem maravilhosa e onírica que me trazia recordações atávicas, de um tempo mesmo que eu nem vivi.

Ou talvez o verde das árvores doava um pouco de ar puro que me proporcionava a sensação de respirar melhor, me fazendo por isso, pensar mais claramente e assim poder ter uma ideia incrível, caso fosse necessário.

Talvez porque aquela névoa tão pesada parecia me envolver em seus braços e dessa forma, me fazia crer que me defenderia de qualquer perigo.

Ou quem sabe apenas porque era uma noite escura numa rua deserta, coberta por uma névoa de arrepiar, e eu estava completamente bêbada e sentia a liberdade latente em meu corpo e em minha alma.

Os bêbados geralmente perdem o medo do perigo.

Ou quem sabe eu não sei de nada mesmo...


Claudia Pinelli.





16 de abril de 2011.

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