Apenas gritos, raiva, aflição
Nunca terminará esse inferno
Seus parentes jamais se entenderão
A vida será sempre esse caos eterno
Na sua própria casa, vive sozinho
Não ouve música, nem dorme mais
Sente-se como um estranho no ninho
Inserido num mundo que só mal lhe traz
Tem dores de cabeça malditas
Precisa de silêncio, de sono noturno
Na sala, brigas patéticas e infinitas
No quarto, só um pensamento soturno
Será que nunca terá paz de espírito?
Nunca colocará a cabeça no travesseiro?
Um dia respirará aliviado e não mais aflito?
Um dia poderá viver livre e por inteiro?
Claudia Fernandes
5 de junho de 2007