Naquele dia, o dia amanheceu dormido
como o velho pão que eu nem havia comido
como costuma fazer o cupim com quem divido
este quarto gelado e escuro em que resido
Naquela noite, a noite anoiteceu ligada
como uma vizinha eternamente drogada
como eu acabaria se não estivesse fadada
a viver ali, sozinha, naquela cama, deitada.
Claudia Fernandes
7 de junho de 2007