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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

terça-feira, 3 de julho de 2007

Logo eu...

Logo eu que sempre me achei uma pessoa com uma inteligência razoável...
Logo eu que acreditava que era impossível ser enganada com promessas falsas...
Logo eu que costumava ser desconfiada, mantendo sempre o pé atrás...
Logo eu que afirmava que a direita era podre e que a mudança viria com a esquerda no poder...
Logo eu que sempre tive fé que a educação um dia seria prioridade...
Logo eu que sonhava com menos violência e mais igualdade...
Logo eu que insistia em acreditar...
Logo eu que ainda resistia...
Logo eu que...
Logo eu...



Claudia Fernandes



3 de julho de 2007

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