Mulher brava e consciente
Que encontrou na sua dor
O fundamental ingrediente
Para uma arte plena de cor
Mulher sofrida e resignada
E mesmo com o sofrimento
De estar na cama, mutilada
Deu asas ao seu raro talento
Um dia, conheceu um homem
Charmoso e igualmente pintor
Diego, esse era o seu prenome
Diego, esse foi seu grande amor
Ciúme, mágoa e crises conjugais
Casos de deslealdade, de traição
Fizeram dos desejados esponsais
Uma lembrança da antiga paixão
Nunca se recuperou da despedida
Passava por fases de pura agonia
Com saudade do amor da sua vida
Mas começava a pintar e esquecia
Seus quadros revelavam sua rotina
Seus escritos, a linguagem da alma
Os sonhos e desejos de uma menina
Cuja vida insistia em não ter calma
Com sentimento puro e profundo
Pintava sua dor e sua eterna ferida
Com sua arte, emocionou o mundo
Era única, incomparável, era Frida.
Claudia Fernandes
Em homenagem ao aniversário de Frida Kahlo - 06/07/1907.
6 de julho de 2007