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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Encontro insólito

Hoje eu tive um sonho estranho
Eu não era esse eu atual, jovem
cercada de amigos, necessária
No sonho, estava velha, feia
Triste, abandonada e solitária

Olhei meu rosto no espelho
E com um nó na garganta
Perguntei para o que eu via
Por que tem que ser assim?
Para que tamanha agonia?

Ela tinha um olhar melancólico
E nenhuma resposta soube dar
Mas sussurrou no meu ouvido
Que nada daquilo era tão ruim
E que nem tudo estava perdido

Com um olhar já mais sereno
Disse que eu ainda podia mudar
Aquele triste fim se eu quisesse
Teria que escolher meus amigos
Fazer o bem e evitar o estresse.

Acordei com uma bela sensação
Não queria terminar tão sozinha
E desde então recomecei do zero
Segui o conselho daquela senhora
E que tudo acabe bem, eu espero.



Claudia Fernandes



4 de julho de 2007

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