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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Escrever liberta

Os sobrenomes da liberdade são caneta e papel
(Ela já entrou com uma ação na justiça
para mudar para dedo e teclado,
mas ainda está nos trâmites legais)
e com eles sou capaz de transformar
pensamento em expressão
e fazer público, conhecido
o que nem eu mesma conheço

Assim o ato de escrever
te despe, te expõe,
te revela, te liberta
te deixa vulnerável
para variados olhares
de espanto, de prazer
e de outras naturezas,
e te faz viajar, ser
sonhar, fingir
sem amarras, sem normas
te faz voar, livremente.


Claudia Fernandes



6 de julho de 2007

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