quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Sua alma, seu lar
Tem dias em que seria uma bênção poder não falar.
Poder ficar quieta, num cantinho escuro
apenas com uma companhia:
o velho e bom lar.
Nestes dias, sua casa fica fechada.
Não está aberta à visitação.
Seu jardim está meio seco,
sem verde nem floração.
Um vazio existencial preenche essa casa
Uma pitada de desânimo,
um pouco de desalento
Como se alguém, de repente, cortasse sua asa.
É um pesadelo para quem se considera livre
Perceber que agora não pode voar
Que passou a ser uma mera prisioneira
Mas o que fazer se sua alma é o seu lar?
Por sorte, esses dias sombrios costumam durar pouco.
Logo o sol aparece, a vida desabrocha
E essa alma, já com a asa colada
Volta mais uma vez, guerreira, para esse mundo louco.
Claudia Pinelli Fernandes.
Em 08 de janeiro de 2014.