Turbilhões reviram minha mente
Para tentar encontrar não sei o quê
Fujo de mim
Me escondo bem longe
Quem sabe assim esqueço de ser
Mas não consigo esquecer de ser
Ninguém deixa de ser o que é
Pode até tentar fingir ser outro alguém
Mas, no fim, volta para si, pé ante pé
Essa roda viva vai acabar me matando
Perco o foco, fico tonta só de pensar
Respiro fundo para não cair no chão
Ou talvez o chão seria o melhor lugar?
Não, o chão não é o lugar ideal para estar
Transforma toda minha perspectiva
Aparentemente só existe uma vantagem
Fico fora do alcance dos olhares e assim me sinto mais viva
Mas se já estiver no chão, vou tomar um belo impulso
Ele certamente me trará para cima
Como estarei quando voltar, não sei
Mas quem sabe essa viagem não me anima?
Claudia Fernandes.
30 de janeiro de 2014.