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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Tudo ou nada

Lá, bem ao longe
vejo um horizonte
bem lá na frente
avisto um monte
cruzo uma ponte
enxergo uma fonte
nada tão inusitado
nada tão permanente

Lá, bem ao longe
penso ver a saída
bem lá na frente
pareço perdida
destruo a vida
procuro acolhida
tudo muito profano
tudo muito decadente

Lá, bem ao longe
vejo só desencanto
bem lá na frente
seco meu pranto
xingo meu santo
desvelo meu manto
tudo nada sagrado
tudo nada inocente



Claudia Fernandes



13 de setembro de 2007

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