Sinto-me tão só.
Tranco-me aqui no quarto escuro
Assim, não me sobram mais lugares vazios aonde ir
Nem sombras pesando sobre o pensamento impuro
Engano tamanho!
Como fugir dessa cálida ebulição
De algo que está encravado no fundo desse meu ser
E que insiste como única saída essa autodestruição?
Desisto! Impossível!
Aceito a única provável verdade
Não dá para fugir de nós mesmos, da nossa mente
Nem criar outra paralela e só imaginária realidade
Será que não percebo?
Que o espaço é essa mera ilusão?
Minha mente perseguir-me-á por todos os lugares
Não importa aonde vá, pois toda viagem é em vão
Paro e pergunto:
Se você não é algo que tem e sente
Ou seja, se esse braço é seu e esse é o seu nome
Então você não é um nem o outro simplesmente?
Devo desenvolver:
Tendo para o que está a meu favor
Se a mente que se acostuma a comandar é minha
Assim, de fato, serei superior a ela, o seu senhor?
Destarte, concluo:
o que importa é o comando retomar
direcionar a vida da forma que mais me aprouver
decidir o que ouvir, pensar, aonde ir e quem amar
Portanto, meu caro
Não permita que apenas uma parte
De um todo maior e que reside aí em sua consciência
controle seus passos e te mande, inerte, para Marte!
Claudia Fernandes
23 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Superconsciência
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