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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

domingo, 30 de novembro de 2008

Humanangel.

I don't wanna be an angel anymore,
I'm so boring,
I need a salvation...
but with my feet on the ground
like a being of material creation

I don't need wings anymore,
Cause I can fly
in my imagination...
with my mind on the eternal air
like a soul with a good hesitation

Jump into the illusions
of the Earth
beautiful, full of flaws,
green, but dry...
I let me take
take me to your nest
but what would I have to do?
I'm a fallen angel without a vest.

Free your human mind,
and so you can fly,
fly away from this sad
and crazy world...
Fly me away,
fly me away with you,
and save me from myself
after all I don't know what to do.



Claudia Fernandes




30 de novembro de 2008.

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