Algo em minha cabeça, hoje, estranhamente dói
devagar, de uma forma assaz diferente
assim, uma estranha dor desconstrói
toda aquela crescente paz aparente
Essa tal indesejada dor ri, caçoa, zomba, tripudia
me invade gloriosa, sem pedir permissão
não está interessada se é noite ou dia
somente se já havia alguma escuridão
Como a dor se mostra conscientemente malvada!
parece que ficará até quando for divertido
criou em minha alma uma triste toada
que soava desafinada ao meu ouvido
Mas finalmente, seu reinado cruel por um fio está
acabei de pedir pelo telefone a minha arma
espero um tempo o mensageiro chamar
engoli várias pílulas e segui meu carma
Adeus dor infame, faça uma viagem e desapareça
sua presença se faz altamente dispensável
quero que meu ser de você se esqueça
e que a sua distância seja irretratável
A dor passou e um sentimento de paz me penetra
mas arrepiei inteiramente da cabeça à raiz
Hã... Esta passagem está em meu nome!
Como, se essa viagem era sua, infeliz!
Foi quando percebi que o destino estava a ironizar
aquilo bolado para ela, veio direto para mim
e em vez dessa dor enfim me abandonar
eu que iria de mala e cuia para o fim.
Claudia Fernandes
1 de novembro de 2007
devagar, de uma forma assaz diferente
assim, uma estranha dor desconstrói
toda aquela crescente paz aparente
Essa tal indesejada dor ri, caçoa, zomba, tripudia
me invade gloriosa, sem pedir permissão
não está interessada se é noite ou dia
somente se já havia alguma escuridão
Como a dor se mostra conscientemente malvada!
parece que ficará até quando for divertido
criou em minha alma uma triste toada
que soava desafinada ao meu ouvido
Mas finalmente, seu reinado cruel por um fio está
acabei de pedir pelo telefone a minha arma
espero um tempo o mensageiro chamar
engoli várias pílulas e segui meu carma
Adeus dor infame, faça uma viagem e desapareça
sua presença se faz altamente dispensável
quero que meu ser de você se esqueça
e que a sua distância seja irretratável
A dor passou e um sentimento de paz me penetra
mas arrepiei inteiramente da cabeça à raiz
Hã... Esta passagem está em meu nome!
Como, se essa viagem era sua, infeliz!
Foi quando percebi que o destino estava a ironizar
aquilo bolado para ela, veio direto para mim
e em vez dessa dor enfim me abandonar
eu que iria de mala e cuia para o fim.
Claudia Fernandes
1 de novembro de 2007