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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Adeus, gaiola...

Não me encare dessa maneira
me deixando constrangida
esqueça-me, desapareça
já lhe indiquei uma saída

Por mais que busque explicar
você parece não entender
que necessito de espaço
para em paz poder viver

Gosto de caminhar, de velejar
gosto de ser livre, de sumir
sem ter algemas, chaves
nem destino para seguir

Não me prenda, nem me castre
pois assim você me perderá
aos poucos, como um curió
que da gaiola se libertará.


Claudia Fernandes



19 de dezembro de 2007

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Lapis Philosophorum

Nem um pouco de paixão, nem um tanto de instinto
nem mesmo a doce loucura faz mal a ninguém
perder a cabeça é imprescindível e eu sinto
lindos cupidos felizes e dizendo amém!

Entregue-se aos encantos de uma ardente paixão
e à nobre e pulsante insensatez dos amantes
assim, tentando evitar a castradora razão
liberte-se daquelas algemas de antes.



Claudia Fernandes



29 de novembro de 2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Aluga-se um sorriso!

Atualmente,
quando sobre os Homens me pego a pensar,
quase sempre percebo em mim
uma sensação que de positiva não tem nada
e que ainda hoje consegue me preocupar.


E como é rara a situação
em que me sinto impelida de verdade a rir,
tive uma idéia de alugar um sorriso,
terceirizar uma boa risada
enfim, parar de mentir.


E então, você, caro amigo,
poderia me fazer um pequeno grande favor?
Você, para ajudar uma alma triste,
poderia sorrir no meu lugar,
e assim confundir riso e dor?



Claudia Fernandes




12 de novembro de 2007.

Abstrato.

O abstrato é o que nem sempre está à vista.
O abstrato é o que quase nunca se propaga através do som.
O abstrato prefere se apresentar inodoro.
O abstrato não se permite deliciar com o paladar.
O abstrato nunca se molda ao tato.
O abstrato não se aprisiona a critérios, a padrões, a regras e dogmas.
O abstrato só existe em outro plano, em outra dimensão.
O abstrato cresce na capacidade de criar.
O abstrato está onde está sua imaginação.
O abstrato tem o poder de libertar.
O abstrato sobrevive porque vive em você um coração.



Claudia Fernandes



12 de novembro de 2007.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ver no escuro

No escuro, onde a beleza falsa e traiçoeira
hoje tão estereotipada
e produzida artificialmente
não pode mais ser alvo de admiração

um belo pássaro, que conhece a verdadeira
não liga para mais nada
exceto para traduzir o que sente
compondo para ela uma linda canção



Claudia Fernandes




28 de setembro de 2007

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