Mais um sol igual
Mais um céu igual
Mais um dia igual
E assim vai durante todo o meu tempo.
Mais uma tarde igual
Mais um pôr-do-sol igual
E para finalizar, mais uma noite exatamente igual
E assim que chega a noite, me pergunto:
Por que será que meus dias têm sido
todos tão igualmente sofridos,
nâo diria depressivos,
mas ansiosos,
tensos
e por sempre e de repente me sentir cheia de medo e de pânico,
estes dias parecem tediosos,
insignificantes,
incapacitantes
numa eterna espera de crises
frustrantes
que nos faz invisíveis
e dessa forma,
tornando todas as suas belezas completamente imperceptíveis?
A quem interessar possa, não tenho resposta para minha própria pergunta,
mas estou lutando com todas as minhas armas contra esse cinza existencial,
que insiste em me aprisionar,
mas não vai,
pois essa é minha única certeza.
Claudia Fernandes
20 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
Menos do mesmo...
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