Não me encare dessa maneira
me deixando constrangida
esqueça-me, desapareça
já lhe indiquei uma saída
Por mais que busque explicar
você parece não entender
que necessito de espaço
para em paz poder viver
Gosto de caminhar, de velejar
gosto de ser livre, de sumir
sem ter algemas, chaves
nem destino para seguir
Não me prenda, nem me castre
pois assim você me perderá
aos poucos, como um curió
que da gaiola se libertará.
Claudia Fernandes
19 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Cegueira abismal
Lá está ela
aqui está ele
conhecem-se pelo olhar
ficam sempre onde sempre estão
e como de raças distintas eles são
vale como lei o famoso clichê
que pessoas diferentes não podem se amalgamar.
Rico, pobre
branco, negro
É um abismo infinito
apartados por uma particularidade
terminam perdendo a oportunidade
de enxergar o belo em cada alma
e que somente o olhar do outro é que cria esse mito.
Claudia Fernandes
12 de dezembro de 2007
aqui está ele
conhecem-se pelo olhar
ficam sempre onde sempre estão
e como de raças distintas eles são
vale como lei o famoso clichê
que pessoas diferentes não podem se amalgamar.
Rico, pobre
branco, negro
É um abismo infinito
apartados por uma particularidade
terminam perdendo a oportunidade
de enxergar o belo em cada alma
e que somente o olhar do outro é que cria esse mito.
Claudia Fernandes
12 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
A outra.
Lá no alto, a lua crescente me espreita
ainda insiste em esperar impaciente
pelo retorno dessa paixão desfeita
desse amor belo e transparente
Assim, com a estrela conversou
e lhe contou toda sua empreitada
como de me aguardar a lua cansou
decidiu então arranjar outra namorada.
Claudia Fernandes
7 de dezembro de 2007
ainda insiste em esperar impaciente
pelo retorno dessa paixão desfeita
desse amor belo e transparente
Assim, com a estrela conversou
e lhe contou toda sua empreitada
como de me aguardar a lua cansou
decidiu então arranjar outra namorada.
Claudia Fernandes
7 de dezembro de 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
Meu universo particular
Minha visão já não parece a mesma
entro numa nova e insana dimensão
meus sentidos começam a se alterar
um universo paralelo entra em ação
Uma força estranha invade e domina
sinto uma leve sensação de liberdade
e a essência guardada no mais íntimo
é enviada intacta a essa tal realidade
Afinal de contas, não é um belo poder
uma reles e vil mortal(assim como eu)
conseguir, de vez em quando, abstrair
a realidade rasteira e atingir o apogeu?
Sinto-me tão bem e só o prazer existe
numa ocasião em que já não há dilema
raro é o que se sente ao amar um anjo
força que transita da suave à extrema
Estando além desse portal, tudo é vivo
bem mais vivo do que desse lado de cá
o belo é mais belo, o amor é mais amor
daquele jeitinho especial fácil de viciar
Eis sem pudores, minha pura confissão
aqui desvelo esse tão precioso segredo
sou viciada nessas sensações alteradas
e a dopamina que já domina meu medo
Quando me verto a esse novo universo
sinto poder em minhas mãos, sou forte
tenho asas prontas para voar, sou livre
voltar da viagem é que é a quase morte.
Claudia Fernandes
2 de dezembro de 2007.
entro numa nova e insana dimensão
meus sentidos começam a se alterar
um universo paralelo entra em ação
Uma força estranha invade e domina
sinto uma leve sensação de liberdade
e a essência guardada no mais íntimo
é enviada intacta a essa tal realidade
Afinal de contas, não é um belo poder
uma reles e vil mortal(assim como eu)
conseguir, de vez em quando, abstrair
a realidade rasteira e atingir o apogeu?
Sinto-me tão bem e só o prazer existe
numa ocasião em que já não há dilema
raro é o que se sente ao amar um anjo
força que transita da suave à extrema
Estando além desse portal, tudo é vivo
bem mais vivo do que desse lado de cá
o belo é mais belo, o amor é mais amor
daquele jeitinho especial fácil de viciar
Eis sem pudores, minha pura confissão
aqui desvelo esse tão precioso segredo
sou viciada nessas sensações alteradas
e a dopamina que já domina meu medo
Quando me verto a esse novo universo
sinto poder em minhas mãos, sou forte
tenho asas prontas para voar, sou livre
voltar da viagem é que é a quase morte.
Claudia Fernandes
2 de dezembro de 2007.
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